sábado, 22 de dezembro de 2007

Me explica porque a polpa das distâncias traz consigo lâminas com teu nome gravado, para sempre que minha língua solta o pronuncia, sentir a dor dos cortes que são mais afago que castigo. Me explica que poço é esse que escondes nos olhos, para quando me demoro à espera da água pouca e seu belo canto, sentir o abandono da queda entre o êxtase e o espanto. Me explica de que flores de segredo são feitas tuas mãos ocas, que mesmo tão longe, perfumam meus cabelos para que eles amanheçam sempre enredados entre teus dedos. Me explica que dor tanta é essa que me carrega no colo, me beija as pálpebras, me põe ardores, para depois enlutar o dia, negar o riso, tirar as falsas asas da louca, abrutalhar as cores. Me explica se se morre de amores.

2 comentários:

Rui Carlo disse...

Explico porque "a polpa das distancias traz consigo lâminas com meu nome gravado", provavelmente porque amas o nome (kk) ou porque o inusitado, o desconhecido e o que nos apalpa o ego faz bem ser dito e lembrado, por isso meu nome em lâminas são mais afagos que cortes.
Meus olhos estão escondidos em tua memória inexistente, em teu futuro que esperamos ser tao presente, e que nas minhas férias irás conhecer...
Adoro teu texto, sinto-me afagado por tuas palavras, nem precisam ser pra mim, mas toda poesia é para quem a lê, mesmo que tenha tido um destinatário em partiuclar...
Gde e enorme beijo

Anônimo disse...

Você escreve como gente grande, menina.