segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

No escuro

Ouço vozes dentro de mim, à deriva
vão de um lado, chegam de outro
remoem as minhas entranhas,
são vozes pequenas, grandes e médias, longas e demoradas
vozes perturbadas outras esclarecidas,
anjos ou demonios,
verdades ou mentiras...
só sei que ouço vozes.
Gritam aos meus ouvidos temores imcompreendidos
gritos
gritos de dor, tristeza
muito sofrimento
e o que eu sou é apenas o que me gritam
essas vozes em alarido
depois arrancam-me a pele do coração
e ardem em mim como vulcões em erupção
queimam o que sou
assustam o que me resta
e deixam-se estar
numa algazarra tão grande
que me sufoca o ser em prelúdio.

Um comentário:

Rui Carlo disse...

Nao deixe de ouvir as vozes,
mas faça o que quiser,
não pare pra pensar
se quiser fazer,
não peça opinião, nem perdão, nem permissão,
viva...
nossa vida é tao rápida que antes que perceba que ela pode se acabar, ele já acabou
Te amo, minha bela Lucy