sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Epílogo

Se não mentir a si próprio, descobrirá que é uma pessoa com limites e deixará de querer ir a todas, como fazem os fóbicos. Também não será dono da verdade nem tão importante como são os paranóicos. Não será o mais perfeito, o que fica para os obsessivos, nem tão brilhante ou poderoso como os histriónicos e psicopatas. Não será uma pessoa muito especial, como os esquizofrénicos, nem um gênio, como os maníaco depressivos. Será apenas uma pessoa comum que aceita desafios e os paradoxos da vida, faz o possível para, em cada momento, dar o que pode e atuar em conjunto com os outros. No entanto, tem de assumir a responsabilidade completa pelas suas ações. Afinal todos fomos expulsos do Paraíso e condenados à solidariedade. Fizemos das fraquezas forças e, uns com os outros, construímos coisas admiráveis. Convenhamos entretanto que tudo isto é muito complicado, pouco gratificante e difícil de fazer. Fácil, fácil, é mesmo tornar-se doente mental.

Um comentário:

Amaral disse...

Ser uma pessoa comum é permanecer no Paraíso!
Ser dono da verdade não passa além da verdade relativa...
O doente mental terá a mente doente ou um cérebro com falhas???...