segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
Desnorteada
Perdi minha face, meu rosto já não existe, meus olhos não brilham, eu não consigo sentir o Ar entrar nos pulmões, minha boca já não fala palavras doces como mel, eu perdi meu eu, eu sumi de mim, eu saí da vida, eu vago por luas q nem sei o nome, eu perdi meus olhos, sigo cega....desnorteada...
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Um comentário:
Te falta o gesto largo, a ébria poesia
Te sobra a pequeneza, as pequenas certezas
Como Agenor dizia
A vida não te intoxica enquanto contas trocados
Não vês o anzol e a linha da vida que passa ao teu lado
Te falta subir ao mais alto, te falta descer ao mais baixo
Te sobra a maldita prudência, alegrias compradas a prazo
Ao invés de viver, sobrevives, sacrificas o essencial
Não choras de dor em finados, não gritas de amor carnaval
Cometes então, que surpresa!O sacrilégio final
Não vês a fugaz e humana beleza e sonhas em ser imortal
F.
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