quinta-feira, 21 de agosto de 2008
Ele murmura:
deixemos o sonho para quando os corpos se perderem
no excesso das imagens ou na sua imitação
eles simulam o amor
um olhar rápido pelo lugar abandonado
pressente-se ainda a fuga dos corpos
na aragem que limpa a casa
a memória poderá reconstruir tudo a partir das imagens
e do intenso cheiro a mato
por agora nada mais é visível
azul e mais azul e nenhuma mudança na paisagem
nenhum vestígio
as luzes apagaram-se o material foi guardado o lugar adormece por baixo do bolor imutável e no esquecimento os actores caminham para o fim do filme um gravador esquecido regista os passos que se afastam devagar não sabemos ao certo para onde.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário