Eu não sou como tantas outras, não sou igual a ninguém, sou carregada de defeitos únicos e personalizados, possuidora de palavras que tendem a apoderar-se de mim e a emaranhar-me na sua teia... Não te respondo da mesma maneira como tantas outras, não te fito da mesma maneira, não te sorrio da mesma maneira... Mas sei que veneras toda esta simplicidade única e tremenda inconstância, mas... Sim, mas! Opões o distúrbio da tua tranquilidade, a serenidade com que sentes algo que julgas gostar... Eu não te deixava permanecer na tua própria solidão. Eu arrastar-te-ei para um mundo confuso, extasiante e explosivo, mas tens medo. Porém, não tatuava o teu nome (nem sequer a inicial) no corpo, não te escrevia na minha alma, não gritaria por ti no meio da multidão, não provocaria momentos íntimos em locais públicos, não desesperaria por ti, secaria as lágrimas quando o tempo cortasse os sentimentos, não escravizava o meu corpo para que me julgasses uma feroz amante... Eu não seria definida pelo teu toque, ou desejo sussurrado. Eu sou o que sou, e não mudaria por ti...