![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj73FOFuzRsCgyTqWUgt-6igrhR7Do7e7JjcphaO6e_TH8YVFY_iaYnyTF79DHyWjDZ3XP5eNTii-KpzAij2E8NXOgtDtuaYIy_2zlU_5iYwVO-AchjLeOOHE9x96C0wrOrW9q8ZV8BhNY/s320/fome.jpg)
... não falo
É normal.
Da minha fome não falo.
Grito-a
em áridos desertos.
Escrevo-a, em folhas vazias
Esvazio-a, em almas estéreis.
Despejo-a, em corpos tão famintos como o meu.
Da minha fome não falo.
Notam-se apenas vestígios.
Adivinham-se somente os sinais.
Da minha fome, mesmo muda,
sou escrava.
Da minha avidez,
escondida,
prisioneira.
na minha fome, murcho e definho.
Mas nela, combato e resisto.
e por ela, renasço
e vivo!
Nenhum comentário:
Postar um comentário